domingo, 4 de março de 2018

Ano B - 3º Domingo da Quaresma - A Purificação do Templo - Jo 2.13-25


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3º Domingo da Quaresma
Quaresma e a Purificação do Templo
Jo 2.13-25

   
Este Evangelho do Terceiro Domingo da Quaresma liga três elementos importantes: A Páscoa, O Templo e a Paixão e Ressurreição de Cristo. Por isso ele é importante para a preparação da Semana Santa e Páscoa do Senhor.
Através deste texto poderemos examinar nossa vida e crescer na Graça do Senhor.

I.       A Páscoa no Templo
Jo 2.13 -  Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. O Evangelho de João menciona três Páscoas durante a atividade de Jesus (2.23, 6.4, 11.55). Todo Judeu tinha que observar pelo menos três grandes Festas religiosas: Páscoa, Pentecostes e Festa dos Tabernáculos. Jesus como judeu participava de todas as festas dos judeus. As celebrações no Templo apontavam para o próprio Jesus.
A Páscoa celebrava a saída do povo do Egito. Faz memória da noite quando cada família imolou um cordeiro e o comeu assado com ervas amargas e pão Asmo.
Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Este cordeiro é a Páscoa. Jesus é a nossa Páscoa. Nosso Cordeiro Morto, libertador e Ressuscitado.

II.    A irregularidade no Templo
Jo 2.14 - E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados. No átrio exterior do Templo, onde podiam entrar aqueles que não eram judeus, havia comerciantes que vendiam animais para os sacrifícios. Também trocavam moedas estrangeiras (consideradas impuras) por moedas de Tiro, que eram as únicas aceitas como ofertas ou pagamento do imposto do Templo (Ex 30.13).
O Templo era o lugar do Encontro de Deus com os Homens. Um lugar de Oração e de celebrações ao Senhor.
Com o tempo o Santuário passou a ser apenas lugar de expressão religiosa sem vida associada a irregularidades e ao pecado (Is 1.10-15). A função espiritual e profética do Templo foi esvaziada e passou a ser apenas um meio de sobrevivência para a classe sacerdotal. O pecado passou a ser tolerado no Templo. As coisas santas deixaram de ser tratadas como santas e passaram a ser fonte de lucro (Ez 33.31).

III. O Zelo de Jesus pela Casa do Senhor
Jo.2. 15-17 -  tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas, e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio.   Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá. (Sl 69.9).
Em Jo 4.21-24 o Senhor fala que devemos adorar a Deus em Espírito e em Verdade. A Adoração não está associada a Jerusalém nem ao Monte Gerizim. Contudo, quando o Senhor fala do Templo, chama-o de Casa de Oração (Lc 19.46). Tudo que é consagrado ao Senhor deve ser tratado com respeito e zelo. O Senhor Jesus por zelo pelo Templo, expulsou os vendedores, os cambistas e virou as mesas.
Hoje somos Casa do Senhor. Nosso corpo é santuário do Espírito Santo (I Co 3.16,17; 6.19). Jesus também deseja zelo espiritual pelo nosso corpo.

IV.  O Sinal da Morte e Ressurreição
Jo 2. 18-22 -  Perguntaram-lhe, pois, os judeus: Que sinal nos mostras, para fazeres estas coisas? Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Herodes começou a restauração do Templo no ano 20 antes de Cristo. Mas Jesus não estava se referindo ao Santuário de Pedras, estava se referindo ao novo santuário de adoração, o seu próprio corpo.
Jo 2.21 - Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo.
A presença de Deus entre os homens já não estará simbolizado por um lugar material, mas pela própria pessoa de Jesus. (Jo 1.51, Ap 21.22). Templo é Jesus e Templo somos nós em Cristo.
Somente depois da Semana Santa e da Ressurreição do Senhor que os discípulos entenderam que Jesus falava do seu próprio corpo. Jo 2.22 - Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus.
Jesus falava de sua morte e ressurreição. Os discípulos demoraram a entender o projeto de Deus na vida, sofrimento e morte do Senhor.

V.     Jesus e a Natureza Humana
Jo 2.23-25 -  Estando ele em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que ele fazia, creram no seu nome; mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não precisava de que alguém lhe desse testemunho a respeito do homem, porque ele mesmo sabia o que era a natureza humana.
Naquele momento, muitas pessoas creram. Mas Jesus sabia que a crença não era verdadeira. Era interesseira e superficial. Era o tipo de fé que não muda a vida. Era a crença artificial que tolera o pecado.
João diz que Jesus não precisava que ninguém lhe ensinasse sobre a natureza dos homens. Jesus sabia o que era a natureza humana.
Ninguém consegue esconder sua natureza de Deus (I Sm 16.7; Jr 17.9-10; Jo 1.47-50).
Somente Deus sabe se somos íntegros ou estamos fingindo buscando outros interesses.
O Jesus que morreu e ressuscitou conhece a minha estrutura interior. Sabe o que eu realmente sou por dentro.

Conclusão:
            A páscoa era a festa da libertação do Egito. Hoje a Páscoa é a ressurreição do Senhor que nos libertou do pecado. O Templo era o lugar sagrado da adoração, hoje o templo é o próprio Jesus e nosso corpo em Cristo.
                       

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